Medidas de Apoio ao Tratamento

São indicadas medidas de apoio ao tratamento:

  • Associação de vitaminas para aumentar a resistência, tais como a vitamina A, complexo B e C.
  • Medidas higiênicas e cuidados locais.
  • Pausa sexual e utilização de preservativos.
  • Apoio psicológico individual e ao casal.
  • Orientação quanto à dieta, fumo e avaliação da parceira.

Atualmente, a cauterização a laser é muito utilizada pelos seguintes motivos:

  • Não tem contato direto com a lesão, evitando transmissão;
  • Cicatrização rápida;
  • O laser é bactericida, portanto tem menos chance de infecção;
  • Cicatrização inaparente. É importante o aspecto cosmético, pois qualquer cicatriz na região genital pode ocasionar situações constrangedoras.

Nos casos recidivantes e multifocais, associa-se tratamento imunológico tópico (Imiquimod) e/ou sistêmico (Interferon Beta Recombinante).

Na escolha do método terapêutico deve-se ter em mente alguns fatores, como idade, local, extensões da lesão, possibilidade de regressão espontânea, risco oncogênico, sintomas, difusibilidade e estado de ânimo do paciente.

Não existe um único tratamento ideal e a decisão do método ideal vai depender do tipo de lesão, sua localização, sua extensão, opinião do paciente e poder aquisitivo.

Após o tratamento é necessário enfatizar a necessidade do seguimento continuado do paciente, repetindo os exames de citologia, genitoscopia, biópsia quando necessário, pesquisa do HPV, a fim de se identificar possíveis recidivas e tratá-las. Recomenda-se realizar a avaliação após 45 dias de instituído o tratamento, e considerando como alta quando o resultado em dois exames subsequentes for negativo.

Em 1999, conversando com especialistas de diversas áreas, pude observar a grande discrepância nas opiniões e condutas, e senti que seria interessante promover um estudo multidisciplinar, e nasceu o I Consenso Brasileiro sobre o HPV, que tive a oportunidade de coordenar. O consenso foi transformado em um livro, com o intuito de preparar os médicos para a grande demanda de pacientes portadores desta infecção, ajudando-os, também, a amenizar suas angústias.

A Secretaria Municipal de Saúde, DST/ Aids, vem há um ano e meio preparando e equipando 15 unidades de atendimento, com fornecimento de medicamentos gratuitamente, para o atendimento da população com suspeita de alguma DST.

Tive a oportunidade de ser o responsável pelo treinamento e monitoramento do “Projeto HPV” da Cidade de São Paulo, da Área Temática de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde em 2002 a 2003, treinando médicos de unidades básicas para o atendimento da população mais carente, masculina e feminina, com a infecção pelo HPV.

Restavam, ainda, algumas angústias e muitas dúvidas. Muitas pessoas necessitavam de maiores esclarecimentos, e surgiu a idéia desse livro, que tem o objetivo de esclarecer algumas dúvidas em forma de perguntas.

Atualmente muitas pessoas ouvem falar em HPV e se perguntam o que isso significa. Por que tanta preocupação com esse vírus? Será que é mais uma doença de moda? Devo mesmo me preocupar? Como devo me comportar?

Com o objetivo de esclarecer estas questões de maneira simples, abordando as principais dúvidas em forma de perguntas, e levando em consideração os conceitos mais aceitos na literatura mundial atual, foi lançado o livro “Falando sobre o HPV”, em 2003, na Semana Municipal de Prevenção ao HPV, no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo.